quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Grupo7- HABITAÇÃO SOCIAL – SEGREGAÇÃO- AMSTERDAN – FRANKFURT- BERLIN- RIO- CIDADE DE DEUS

Grupo7- HABITAÇÃO SOCIAL – SEGREGAÇÃO- AMSTERDAN – FRANKFURT- BERLIN- RIO- CIDADE DE DEUS

Como o grupo desenvolveu o tema? (tópicos da discussão)
            Para contextualizar a segregação sócio espacial o grupo analisou a origem do capitalismo e sua difusão durante o período de passagem da idade média para a idade moderna, sendo intensificado com a Revolução Industrial e com a ascensão da burguesia ao poder. As disparidades geradas por esse sistema político-econômico se refletem na sociedade onde as pessoas detentoras de bens exploram o proletariado. Ao mesmo tempo em que a mão de obra é desejada nas cidades para gerar lucro ela é excluída de seu espaço pensado para atender os interesses da classe alta.
            O grupo também abordou as habitações sociais que surgiram com as experimentações feitas após a primeira guerra mundial onde a Europa sofria com um déficit habitacional muito grande, sendo necessário repensar a forma de se construir. Na Alemanha, onde a destruição sofrida e a perda da guerra afetaram seriamente as cidades e a sociedade, aconteceram grandes mudanças políticas, sociais e econômicas. A presença de grandes arquitetos possibilitou o desenvolvimento de um novo modo de se pensar o programa das habitações coletivas e sociais, reduzindo a área habitada e inovando na distribuição dos espaços e dos equipamentos para aumentar sua eficiência.
  Como foram feitas as correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial?
Após um panorama da situação da Alemanha no período entre guerras o grupo tratou individualmente as principais cidades alemãs e os programas habitacionais desenvolvidos nesses locais. Sob forte influência dos ideais modernistas, cidades como Frankfurt e Berlim foram caracterizadas pela experimentação de novos tipos de habitações sociais e controle urbano, tendo como exemplo os assentamentos para operários de Ernest May. A cidade de Amsterdã na Holanda foi retratada pelos planos urbanísticos que recebeu, estes eram compostos por habitações populares divididas em bairros com todos os equipamentos necessários separados entre si por áreas verdes.
No caso brasileiro o grupo retrata como a cidade de Belo Horizonte cresceu de forma desordenada, sem respeitar o planejamento desenvolvido. A criação da Avenida do Contorno separando o centro da cidade para as pessoas com maior poder econômico da periferia destinada à população menos favorecida serviu de segregação social desde a concepção da nova capital. Com a aglomeração cada vez maior de pessoas nos espaços vazios da cidade, na maioria das vezes irregular, o poder público não conseguiu ofertar as condições mínimas para a população gerando um maior distanciamento entre as classes sociais e a degradação das classes mais baixas. A consequente formação de favelas foi alvo de diversos programas para tentar corrigir o problema e oferecer infraestrutura básica a uma maior parcela da população. Entre essas tentativas está o programa do Governo Federal “Minha casa, minha vida”, apresentado pelo grupo como um programa com boas intenções mas que ainda precisa de muitas correções para efetivamente amparar as pessoas.  
Escolha duas situações, dentre as analisadas pelo grupo, como as que você tem maior interesse teórico e/ou prático e justifique, com um texto de dois parágrafos para cada uma delas e duas imagens para cada uma delas.

Ernest May und das Neue Frankfurt
Após ser nomeado planejador e arquiteto da cidade de Frankfurt Ernest May, começou um experimento nos subúrbios da cidade gerando uma nova forma de projetar as habitações sociais. O conjunto de casas em ziguezague com um quarteirão central de interior livre circundando por jardins e com outras funcionalidades comunitárias como lojas, escolas, lavanderias e etc. foi uma solução muito interessante para os problemas gerados pelas destruições sofridas nas guerras.
 O projeto se assemelha com os ideais das cidades jardim de Ebenezer Howard, por conceber um espaço urbano autônomo e com áreas verdes para a população. A inovação da forma como se desenvolve o programa da habitação e os modos de morar nessa vila operária transformou a forma de se pensar os espaços coletivos e se mantém vivo até a atualidade.
Ernst May siedlung Frankfurt

"Minha casa, Minha vida"
Os problemas das grandes cidades se evidenciam cada vez mais e o poder público precisa de programas para tentar recuperar áreas degradadas e oferecer infraestrutura aos seus habitantes. O programa do governo federal Minha casa, minha vida busca oferecer condições às populações menos abastadas de conseguir uma moradia própria. Porém, o que se vê é uma parceria entre o governo e as construtoras, inseridos na economia capitalista buscando lucrar.
O programa não atende a toda a população que necessita e tem sido alvo de várias reclamações. A falta de fiscalização permite desvios de verba, as construções são entregues sem seguir as especificações do governo e a padronização que gera permite economia para as construtoras não agrada aos moradores. Na parte conceitual programas com esse intuito são bem vindos, falta um maior comprometimento e maior organização dos projetos e maior fiscalização na execução.


Casas padronizadas até na Cartilha explicativa



Unidades habitacionais em Feira de Santana

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